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Você provavelmente está familiarizado com a imagem de um sofá velho ou um móvel abandonado em um terreno baldio, mas a verdade é que, embora essa cena seja comum, traz sérios problemas para a saúde pública. O Governo do Distrito Federal (GDF) tem feito uma verdadeira força-tarefa para coletar esses materiais das ruas e evitar possíveis focos do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue.
O Serviço de Limpeza Urbana (SLU) já coletou mais de 44 toneladas de resíduos descartados irregularmente nas regiões administrativas do DF durante todo o mês de janeiro, o que representa quase 1.500 toneladas por dia. “Nosso sistema de pesagem consegue captar o quantitativo recolhido, extrai o peso líquido dos materiais coletados. Esses números, infelizmente, têm sido a média de coleta, e estamos 24 horas nas ruas até por conta do número de casos de dengue; para isso ampliamos as equipes nas ruas”, afirma o coordenador de Recuperação de Orgânicos, Destinações e Produção Final do SLU,Leonardo Yamada.
O coordenador enfatiza ainda que a prática do descarte irregular de lixo e entulho pela população é um dos principais problemas do órgão e gera prejuízos para os cofres públicos. “Não adianta o SLU retirar e a população jogar novamente. Mapeamos os locais e estamos trabalhando para reduzir. Contamos com a ajuda das pessoas no descarte de forma correta, levando os materiais inservíveis para os papa-entulhos”, destaca. “A prática gera inclusive prejuízo para o Estado, porque o SLU está fazendo um serviço corretivo. Mobilizamos equipes e materiais para fazer algo que não seria necessário se tivesse a destinação correta”.
Os materiais inservíveis são coletados também pelas administrações regionais, que percorrem as ruas das cidades diariamente, atendendo demandas dos moradores ou seguindo o cronograma de cada gestão.
No Park Way, a coleta é feita semanalmente em cada quadra e os moradores são avisados pelas redes sociais. “É relevante a participação ativa da população nesse esforço coletivo, com a divulgação das ações e dos cronogramas para a coleta de resíduos e limpeza; isso tem gerado uma comunidade mais consciente e proativa”, destaca o administrador da cidade, Deusdete Soares.
Soares enfatiza ainda que diversas medidas preventivas têm sido adotadas pela administração com ênfase na prevenção e no combate à dengue, além da retirada de inservíveis e entulho nas vias públicas. “Estamos fazendo uma limpeza meticulosa nas redes de drenagem e bocas de lobo e continuamos firmes na necessidade constante de orientação, conscientização e zeladoria”, completa o administrador.
Quem também trabalha diariamente auxiliando os gestores das cidades são as equipes do programa GDF Presente, que atuam na zeladoria das RAs. Somente em 2023, o programa recolheu 145.155 toneladas de entulho. “Temos 14 polos, e a cada duas semanas estamos em uma região administrativa, auxiliando as equipes locais com o nosso maquinário por meio de um cronograma pré-estabelecido, tudo para reforçar os serviços já realizados pelas cidades”, destaca o subsecretário de Operações nas Cidades e coordenador do GDF Presente, Marco Aurélio Demes.
A prática do descarte irregular é um desafio para o poder público, pois necessita da conscientização da população. Atualmente, o SLU mantém mais de 880 equipamentos públicos, entre papa-recicláveis, papa-entulhos e papa-lixos, espalhados por todas as regiões administrativas. É fundamental que a população esteja atenta e faça a destinação correta do lixo e dos restos de construção civil, especialmente neste período de chuvas.
As demandas recebidas via Ouvidoria relacionadas à eliminação de possíveis focos do mosquito Aedes aegypti estão sendo gerenciadas e tratadas de maneira emergencial. A Secretaria DF Legal tem fiscalizado lotes sujos, descarte irregular de entulho e resíduos domésticos, além de água servida, que é a água suja usada em residências e despejada em via pública.
Para solicitar os serviços de coleta pelas administrações regionais, basta acompanhar os cronogramas de recolhimento ou fazer um agendamento e registrar a demanda na Ouvidoria, pelo telefone 162 ou por meio do Participa DF.
As informações são da Agência Brasília