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Via Estrutural, W3 Sul, Avenida Hélio Prates, Túnel Rei Pelé e Boulevard do Túnel são algumas das vias que já foram ou estão passando por intervenções do Governo do Distrito Federal (GDF) para a aplicação de camada de concreto. A medida garante mais segurança e conforto para a população. Os investimentos nessas ações são de mais de R$ 400 milhões visando menos gastos com manutenção a médio e longo prazos e a destinação de mais investimentos em outras áreas.
A concretagem significa inúmeras vantagens. A durabilidade do concreto é o dobro do asfalto convencional. A aplicação e a manutenção são muito mais simples. O asfalto é composto por derivado de petróleo obtido por processos físicos e químicos naturais e artificiais. Por essas características, a relação de custo e de benefício da utilização do asfalto vem piorando ao longo do tempo.
“O Dnit utilizou a mesma técnica para rodovias demandadas para escoar a produção da agricultura e da pecuária, como a BR-163, em Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Paraná. A adoção do concreto demonstrou maior durabilidade e foram nessas experiências que adotamos a tecnologia”
Valter Casimiro, secretário de Obras e Infraestrutura
“Existem alguns tipos de pavimento. Existe o flexível que é o asfalto, o rígido que é o concreto e a brita com banho de asfalto, por exemplo. Cada um com seus benefícios. Porém, o tempo de durabilidade do concreto sem a necessidade de manutenção é de 20 anos e o do asfalto, de 10 anos. Quando se faz um estudo de viabilidade computando o investimento inicial e a manutenção, fica muito mais vantajosa a aplicação do concreto. Só de você não precisar ficar interrompendo o fluxo para fazer manutenções com período menos espaçado, já é uma grande vantagem”, detalha o presidente do Departamento de Estradas de Rodagem do Distrito Federal (DER-DF), Fauzi Nacfur Junior.
O asfalto tem de ser aplicado quente, fazendo com que o transporte e a aplicação sejam muito mais difíceis do que a aplicação do concreto. A manutenção do concreto também é mais simples e garante um resultado melhor. Concretar um local que necessite de manutenção proporciona o mesmo nivelamento que o restante da via, o que não acontece com o asfalto. “A atual tecnologia faz com que o conforto em transitar no concreto seja semelhante ao trânsito no asfalto. A cor mais clara do concreto também facilita a visibilidade e favorece a segurança dos usuários”, explica o presidente do DER.
Na Estrada Parque Ceilândia (EPCL), também conhecida como Via Estrutural, o asfalto foi todo concretado, com investimento de R$ 75 milhões. Foram 26 km de obras nos dois sentidos utilizando a técnica whitetopping – ou seja, o concreto em cima do pavimento já existente. Na W3 Sul estão sendo substituídos 10 km nos dois sentidos em um investimento de R$ 27 milhões, onde está sendo executada a troca de pavimento de asfalto para concreto nas pistas exclusivas para transporte coletivo.
No Túnel Rei Pelé, são 2.160 metros concretados em três faixas de rolamento, enquanto no Boulevard do Túnel a mesma distância foi implementada em pavimento rígido para o transporte coletivo nos dois sentidos. Estão previstos também corredores exclusivos em concreto para ônibus da Estrada Parque Núcleo Bandeirantes (EPNB). “O governador Ibaneis Rocha determinou os estudos para essas obras. Utilizaremos a técnica de pavimento rígido, ou seja, concreto, em cima de pavimento flexível, em cima do asfalto já existente. Dessa forma conseguimos diminuir os custos”, explicou o secretário de Obras e Infraestrutura, Valter Casimiro.
As obras na Avenida Hélio Prates estão em execução, com 12 km de faixas exclusivas para ônibus nos dois sentidos, sendo concretadas em um investimento de R$ 50 milhões. Outras vias passarão por intervenção, como é o caso da Estrada Setor Policial Militar (ESPM) que terá 9 km nos dois sentidos, com investimento de R$ 70 milhões. A Estrada Parque Indústrias Gráficas (Epig) terá 12 km de faixas concretadas num investimento de R$ 156 milhões que inclui também outras melhorias.
O GDF adotou essa opção ao analisar vias pavimentadas com o material, como foi o caso da Estrada Parque Taguatinga (EPTG); da Estrada Parque Indústria e Abastecimento (Epia Sul), no trecho entre Santa Maria e Candangolândia; e da Estrada Parque Dom Bosco (EPDB), na pista do BRT passando do Park Way até o Eixão Sul.
“O Dnit [Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte] utilizou a mesma técnica para rodovias demandadas para escoar a produção da agricultura e da pecuária, como a BR-163, em Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Paraná. Também existem obras em alguns trechos da BR-101, no Nordeste. Todas elas rodovias com grande demanda. A adoção do concreto demonstrou maior durabilidade e foram nessas experiências que adotamos a tecnologia”, finaliza Valter Casimiro.