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Economia e praticidade são os motivos pelos quais o aposentado Manoel Souza, 72 anos, vai frequentar o novo Restaurante Comunitário de Samambaia, localizado na Quadra 833, no Setor de Expansão, conhecido como Portelinha ADE Oeste. A segunda unidade da região administrativa servirá café da manhã, almoço e jantar de domingo a domingo. “Não dá para perder uma oportunidade como essa, né? Hoje em dia a gente não compra nem dois pães de sal com R$ 1. Lá vou comer um almoço completo, com suco e fruta de sobremesa, é bom demais”, comenta.
O Governo do Distrito Federal (GDF) investe cerca de R$ 15 milhões na construção dos novos restaurantes comunitários de Samambaia e do Varjão, que, juntos, terão capacidade para servir 7,4 mil refeições. Ao longo de um ano, poderão ser servidas mais de 2,7 milhões de preparações.
As obras são executadas pela Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap) e estão em fase avançada. A fundação, alvenaria, instalações elétricas e hidráulicas, entre outras etapas, foram concluídas. Agora, os esforços se concentram no acabamento dos espaços, com serviços de pintura, polimento e instalação de maquinários.
Neste governo, os restaurantes passaram a contar com um nutricionista em cada unidade e a servir gratuitamente refeições para pessoas em situação de rua
As unidades serão entregues ainda neste ano, já no novo formato – aberta de segunda a segunda, com café da manhã (R$ 0,50), almoço (R$ 1) e jantar (R$ 0,50). “São duas regiões com alto índice de vulnerabilidade social, e, por isso, a intenção de inaugurar dois restaurantes nesses locais. Teremos a garantia de segurança alimentar e nutricional com três refeições diárias ao custo de R$ 2 para a população”, afirma a secretária de Desenvolvimento Social, Ana Paula Marra. “Nesta gestão, reabrimos o Cras da Expansão de Samambaia, que fica exatamente ao lado do restaurante, para manter aberta a porta de entrada para a política de assistência social”.
Os novos restaurantes comunitários construídos pelo GDF seguem o mesmo padrão, mas são modificados conforme as características topográficas de cada terreno. O engenheiro da Novacap Marcelo Galimberti explica que os projetistas da Novacap dialogam com a Sedes durante a execução da obra para verificação de possíveis otimizações dos ambientes. “Aqui no restaurante de Samambaia, por exemplo, percebemos que alguns espaços estavam pequenos ou que não tinham muita utilidade, então ampliamos, tornando o restaurante mais útil”, comenta.
Em setembro de 2019, o governador Ibaneis Rocha determinou que o almoço voltasse a ser servido por R$ 1 e instituiu o café da manhã e o jantar por R$ 0,50. Em outras gestões, apenas o almoço chegou a custar R$ 3
Os dois projetos englobam uma edificação em alvenaria, com salão de refeições mobiliado, cozinha industrial climatizada, salas de nutrição, áreas administrativas e técnicas, banheiros, vestiários, setor para armazenamento de alimentos e câmaras específicas para resfriamento, congelamento e descongelamento, áreas para higienização e controle de alimentos, bem como para a limpeza de utensílios, além de estacionamento e bicicletário.
Comida boa e barata
O segundo restaurante comunitário de Samambaia recebe investimento de R$ 7,5 milhões e tem 1.324 m² de área construída. O salão terá capacidade para 384 lugares, podendo servir até 5.150 refeições por dia. A cidade é o berço do equipamento público, uma vez que, em 2001, ganhou o primeiro restaurante comunitário do DF. O Rorizão fica na Quadra 501, às margens da BR-60 e recebeu este nome em homenagem ao ex-governador Joaquim Roriz.
Atualmente, a operação na unidade de Samambaia está voltada à instalação de esquadrias dos banheiros e da cozinha, pintura e colocação de placas de sinalização das salas. As coifas e bancadas já foram instaladas, e em breve será a vez dos armários e exaustores. As salas administrativas, caldeira, casa de gás, reservatórios – cada um com capacidade para 20 mil litros de água -, cobertura e o estacionamento com 33 vagas estão concluídos.
Com investimento de R$ 7,3 milhões, o restaurante do Varjão está sendo erguido na Quadra 8 da cidade, próximo à futura rodoviária da região administrativa. Com 1.329 m² de área construída, o salão do espaço terá capacidade para 368 lugares e fornecimento de até 2,4 mil refeições por dia. Por lá, as equipes atuam na instalação de panelas de pressão, bancadas e coifas, na pintura dos ambientes externos, no polimento do piso do salão e no paisagismo da área externa. Os depósitos, sala de preparo de carnes e verduras, reservatórios, casa de bomba e lixeiras já estão prontos, assim como o estacionamento.
A atendente de lanchonete Verônica de Souza, 37, mudou-se para o Varjão há cerca de um ano e está de olho na construção do novo restaurante comunitário. Antes, ela residia com os quatro filhos no Itapoã, que também tem uma unidade do refeitório. Verônica conta que aproveitou a oferta de refeições nutritivas por preços baixos: “A comida era muito boa, gostava da galinhada. Quando o daqui estiver pronto, vou com os meninos para almoçar nos dias mais corridos. Moro bem próximo, então vai ser rapidinho”.
Segurança alimentar e nutricional
O Distrito Federal conta com 16 restaurantes comunitários. Destes, cinco oferecem café da manhã, almoço e jantar, ao custo total de R$ 2, e funcionam todos os dias: Sol Nascente/Pôr do Sol, Planaltina, Arniqueira, Itapoã e Recanto das Emas. Outras oito unidades oferecem o café da manhã e o almoço – Brazlândia, Paranoá, Sol Nascente, Samambaia, Ceilândia, Sobradinho, São Sebastião e Estrutural -, e três contam apenas com o almoço – Gama, Riacho Fundo, Santa Maria.
A Secretaria de Desenvolvimento Social do DF (Sedes) trabalha para que todos os espaços disponham de três refeições e funcionem de domingo a domingo, por meio de processos de adequação dos contratos com as empresas terceirizadas à medida em que são renovados. De janeiro a maio deste ano, já foram fornecidas 5.457.989 refeições em todas as unidades – cerca de 36,1 mil refeições por dia, em média. As unidades com maior distribuição são a de Planaltina, Arniqueira, Sol Nascente, Ceilândia e Recanto das Emas.
Neste governo, os restaurantes passaram a contar com um nutricionista em cada unidade e a servir gratuitamente refeições para pessoas em situação de rua. O preço também diminuiu. Em setembro de 2019, o governador Ibaneis Rocha determinou que o almoço voltasse a ser servido por R$ 1 e instituiu o café da manhã e o jantar por R$ 0,50. Em outras gestões, apenas o almoço chegou a custar R$ 3.
O cardápio mensal e o endereço dos restaurantes comunitários podem ser acessados no site da Sedes.