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Israel lançou um novo bombardeio no centro de Beirute, nesta quinta-feira (3), segundo testemunhas ouvidas pela agência Reuters. Explosões também aconteceram nos subúrbios da capital libanesa. Pelo menos seis pessoas morreram e outras sete ficaram feridas.
Os militares israelenses vêm atacando Beirute há duas semanas. No entanto, bombardeios em regiões mais próximas ao centro da capital, como o desta quinta, são raros. As Forças de Defesa de Israel anunciaram que estavam fazendo ataques precisos contra o Hezbollah.
Israel diz que os últimos bombardeios não têm como alvo o Estado do Líbano, mas sim estruturas específicas do Hezbollah dentro do território libanês. O grupo extremista, que conta com o apoio do Irã, possui um histórico de desavenças com Israel. Entenda o conflito mais abaixo.
Testemunhas disseram que Israel emitiu uma ordem de retirada de civis de Beirute durante a madrugada de quinta-feira, pouco antes de lançar o bombardeio. Por causa do horário, alguns moradores podem não ter recebido a informação a tempo.
Os novos ataques acontecem diante do seguinte contexto:
Somente na quarta-feira, 46 pessoas morreram e outras 85 ficaram feridas no Líbano. Já são mais de 1 mil mortos e 6 mil feridos em duas semanas de conflito, segundo as autoridades libanesas. Grande parte das vítimas é composta por mulheres e crianças.
Além disso, 1,2 milhão de libaneses precisaram sair de casa por causa do conflito. Eles se juntam a outros 2 milhões de sírios deslocados e 500 mil palestinos refugiados que vivem no país. O governo afirmou que muitas pessoas estão nas ruas sem acesso a remédios, água e comida.
"Hoje, o Líbano está preso entre a máquina de destruição de Israel e a ambição de outros na região. As pessoas do Líbano rejeitam essa fórmula fatal. O Líbano merece vida", disse Al-Sayyid Hadi Hashim, representante do país na ONU.
Enquanto isso, Israel afirma que o Hezbollah continua lançando foguetes contra cidades israelenses. Sirenes de aviso tocaram na região central e no norte do país durante a madrugada desta quinta-feira.
Forças Armadas israelenses conduzem ataques aéreos no sul do Líbano e na capital, Beirute — Foto: Reprodução/TV Globo
Israel disse que está fazendo uma operação militar contra o grupo extremista Hezbollah. Embora tenha atuação política no Líbano, a organização possui um braço armado com forte influência no país. Além disso, o Hezbollah é apoiado pelo Irã e é aliado dos terroristas do Hamas.
Os extremistas têm bombardeado o norte de Israel desde outubro de 2023, em solidariedade aos terroristas do Hamas e às vítimas da guerra na Faixa de Gaza.
Nos últimos meses, Israel e Hezbollah viveram um aumento nas tensões. Um comandante do grupo extremista foi morto em um ataque israelense no Líbano, em julho. No mês seguinte, o grupo preparou uma resposta em larga escala contra Israel, que acabou sendo repelida.
Mais recentemente, líderes israelenses emitiram uma série de avisos sobre o aumento de operações contra o Hezbollah. O gatilho para uma virada no conflito veio após os seguintes pontos: